Vou votar segundo a minha vontade, já que o voto e o mandato são meus”, diz Astro de Ogum ao falar da eleição da Mesa Diretora

Além de um recado com inúmeros destinatários, o pronunciamento do vereador Astro de Ogum (PCdoB), na manhã desta segunda-feira (06), caiu como um balde de água fria nos bastidores da Câmara Municipal de São Luís.
Esperava-se que o decano do Legislativo anunciasse o rumo que pretende seguir na disputa pela Mesa Diretora, referente ao biênio 2027–2028, cuja eleição, de acordo com o regimento interno, deve ocorrer apenas em abril de 2026.

Mas, em vez de declarar apoio a qualquer grupo, Astro usou a tribuna para rebater as pressões de bastidores e reafirmar sua autonomia e firmeza política. Ele classificou o movimento antecipado como “uma corrida normal, porém desnecessária”, lamentando o clima acirrado que se instalou entre os vereadores.

O edil comparou o momento a um “Big Brother político”, com tiros vindos de todos os lados e uma sede desenfreada pelo comando do Legislativo municipal.
Ainda durante o discurso, o decano do Parlamento de São Luís destacou ser cumpridor de acordos e da palavra dada, mas deixou claro que nenhuma pressão ou tentativa de imposição o fará se antecipar.

“O anúncio será feito no momento oportuno. Eu não sou melhor, pior, maior ou menor do que ninguém. Vou votar segundo a minha vontade, já que o voto e o mandato são meus. Foram conquistados por mim, com a ajuda de Deus, dos guias e do povo.”, afirmou.

Reconhecido pelo espírito de coletividade, ousadia e capacidade de articulação, Astro ratificou que dispõe apenas do próprio voto.
No entanto, o bom relacionamento com os colegas, tanto os veteranos quanto os novatos, aliado ao trabalho reconhecido ao longo dos anos, o torna uma peça-chave nessa corrida eleitoral.

Com propriedade, o parlamentar lembrou que já presidiu a Câmara por quatro anos e exerceu a vice-presidência por seis, experiências que lhe deram plena consciência das alegrias e tormentos do cargo. “Eu conheço bem os bastidores da política e, por tudo o que já vivi aqui, espero que respeitem a minha trajetória. Não tenho medo de ameaças, já que vivo às custas do meu trabalho. São 41 anos de dedicação à Casa — 16 como assessor e 25 como detentor de mandato eletivo”, finalizou.

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